sábado, 4 de dezembro de 2010

Queer Art ou arte homoerótica



A Queer Art ou Homo Art é um movimento artístico não oficializado, que ganhou força nos Estados Unidos e na Europa a partir da década de 1980. Suas criações abordam, de forma direta ou indireta, questões relacionadas à homossexualidade, com ligações à arte erótica, à arte conceitual e à arte contextual.
Como movimento artístico, a queer art despertou a atenção da crítica internacional principalmente na década de 1990, por ter se popularizado nas diversas formas de expressão artística: nas artes plásticas, na literatura, na música, no teatro, na dança, no cinema e na fotografia. Em nenhum outro momento da história da arte a homossexualidade foi tratada por tantos artistas ao mesmo tempo. Entretanto, como o movimento geralmente é enquadrado em outras tendências artísticas - pelos mais diversos motivos - acaba disperso.


A partir da década de 1990, as manifestações livres da diversidade sexual - especialmente LGBT - marcaram presença nas principais mostras de artes plásticas que acontecem em todo o mundo. A libertação sexual defendida na década de 1970 e o surgimento da Aids na década de 1980 tiveram contribuição importante para isso. No Brasil, uma exposição pioneira intitulada Correspondências ocupou o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, em 1995. No mesmo ano, o Museu de Arte de Berkeley organizou uma grande mostra de queer art. Na Holanda, em 1997, a mostra In-visibilities foi uma das mais visitadas e comentadas. 


Reflexo de questões comportamentais do ser humano, a queer art se mostra como denúncia, muitas vezes abertamente engajada. Os artistas abordam questões contemporâneas, próprias de um momento histórico em que muitos países passam a reconhecer legalmente a união entre indivíduos do mesmo sexo, em que se revê a divulgação da Aids, (inicialmente tratada erroneamente como peste gay) e quando se atribui à homofobia a morte de milhares de homossexuais a cada ano.

Nas artes plásticas, os trabalhos de queer art assumem no mínimo duas vertentes principais: os politicamente engajados (contextuais ou conceituais) e os homoeróticos.
Os trabalhos contextuais ou politicamente engajados geralmente abordam questões relacionadas à discriminação e à homofobia. Estes apectos aparecem nas obras contemporâneas com a utilização de sangue, excreções humanas, símbolos fálicos, objetos bizarros, instrumentos de tortura e outros sinais de dor. 


Os trabalhos considerados homoeróticos apresentam cenas ou situações que podem despertar a sensação de erotismo em quem os vê. Quando não explícitos, podem ser detectados através de uma delicada e não menos sutil sensualidade. Isso pode ser observado nos materiais utilizados, como tecidos transparentes, rendas, decalques, parafinas, bordados, flores e imagens religiosas.













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